Novembro Azul: mês de combate ao câncer de próstata

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Novembro Azul: mês de combate ao câncer de próstata

Saiba tudo sobre a campanha do Novembro Azul 

Novembro Azul

Se o mês de outubro é dedicado à campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama, novembro é considerado o mês de prevenção e combate ao câncer de próstata e conta com a campanha Novembro Azul 

A campanha Novembro Azul é mais recente que o Outubro Rosa. Surgiu em 2003, na Austrália, com o grande objetivo de alertar os homens para prevenção e diagnóstico precoce de doenças que atingem pessoas desse sexo, como o câncer de próstata.  

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. O Inca estimou 65.840 novos casos da doença somente em 2020. 

Além disso, o Atlas de Mortalidade por Câncer 2019 apontou 15.983 mortes pela doença. O câncer de próstata é uma doença comum, mas que ainda pode ser considerada um tabu para muitos homens, que por medo ou desconhecimento, não realizam exames.  

O que é e os sintomas 

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino localizada abaixo da bexiga. Ela se assemelha a uma ameixa e tem como principal função, junto com as vesículas seminais, produzir parte do esperma.  

Vale ressaltar que a próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. A glândula produz um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides.  

A evolução do câncer de próstata é silenciosa. Os pacientes não apresentam nenhum sintoma na fase inicial ou, quando apresentam, estes são parecidos ao crescimento benigno da próstata, como dificuldade de urinar ou vontade de urinar mais vezes durante o dia. Na fase avançada, a doença pode causar: 

  • dor óssea; 
  • dores ao urinar; 
  • diminuição do jato da urina; 
  • sangue na urina; 
  • vontade de urinar com frequência; 
  • presença de sangue na urina e/ou no sêmen. 

Fatores de risco 

O câncer de próstata é considerado uma doença da terceira idade. Cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. No Brasil, de acordo com Ministério da Saúde, a cada 10 homens diagnosticados com a doença, 9 têm mais de 55 anos. 

Os principais fatores de risco para a doença são: 

  • A idade, principalmente com a alta incidência após os 50 anos 
  • Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, que pode refletir tanto em fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.  
  • Excesso de gordura corporal 
  • Exposições a aminas aromáticas (comuns em indústrias químicas, mecânica e transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas 

Diagnóstico e tratamento 

Homens a partir de 45 anos com fatores de risco ou 50 sem fatores de risco devem procurar e conversar com o urologista sobre exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos a fim de realizar uma investigação precoce.  

Os exames são o de toque retal e o de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Se você tem algum dos fatores de risco e notou sinais ou sintomas da doença, procure o médico. 

O tratamento varia do avanço da doença. Se o câncer atingiu somente a próstata e não se espalhou para outros órgãos, cirurgia, radioterapia e observação vigilante podem ser feitas.  

Já para a doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação hormonal pode ser utilizada. Caso o tumor tenha se espalhado para outras partes do corpo, a terapia hormonal é o tratamento mais indicado.  

Cada tratamento varia de paciente para paciente e deve ser definido após orientações acordadas entre médico e paciente.  

Prevenção 

Existem alguns fatores que ajudam a diminuir o risco de câncer e de outras doenças crônicas não-transmissíveis. 

  • Ter uma alimentação saudável 
  • Praticar atividades físicas 
  • Manter o peso adequado à altura 
  • Diminuir o consumo de álcool  
  • Não fumar 

Esses hábitos saudáveis contribuem para uma melhor qualidade de vida e podem reduzir os riscos, mas ainda assim é fundamental deixar o medo e o preconceito de lado e procurar um médico caso tenha algum dos fatores de risco.

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