De aluna da Escola da Marcenaria à empreendedora

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De aluna da Escola da Marcenaria à empreendedora

Formada em Educação Física, Sandra Cicilini precisou se afastar da profissão por conta de uma doença e encontrou na marcenaria uma forma de dar a volta por cima

Por meio dos cursos da Escola da Marcenaria, o Leo Social forma pessoas talentosas todos os anos para o setor moveleiro com o objetivo não só de profissionalizá-las, mas também para incentivá-las a empreenderem a própria vida. É o caso de Sandra Cicilini, ex-aluna do curso de Meio Oficial de Marcenaria – turma de dezembro de 2019. 

Sandra foi aluna do curso de Meio Oficial de Marcenaria em 2019/Foto: Arquivo pessoal

Casada e mãe de uma filha de 19 anos, Sandra tem 53 anos e é formada em Educação Física, área na qual atuou por 20 anos. “Fui feliz por 20 anos, mas por motivo de doença tive que me afastar”, contou ao Leo Social. Foi aí que a marcenaria surgiu como uma alternativa.  

O pai de Sandra era marceneiro e dono de marcenaria e, após sua morte, deixou um galpão para ela e os irmãos. “Eu estava desempregada e vi que já tinha tudo [para trabalhar com marcenaria]. Era só uma questão de botar a mão na massa”, relata Sandra, que resolveu então se inscrever no curso da Escola da Marcenaria. “Antes de morrer, meu pai me ensinou a mexer em algumas máquinas. E quando ele faleceu, [trabalhar com marcenaria] me fazia sentir mais perto dele”, relembra.  

Já no curso de Meio Oficial de Marcenaria, Sandra recorda com carinho de tudo o que aprendeu: “Foram 55 dias intensos. No Leo, colocavam a gente para construir o nosso móvel. Ajuda a nos desenvolver [como profissional e pessoa] e coloca a gente na ação, sem contar com o conteúdo. A matéria teórica envolveu desenho com detalhes, Promob – coisa que só conseguimos pagando – além de ter muita prática”.  

Ela também narra com alegria o fato de ter sido sorteada para fazer parte da turma da professora Verônica Braga. “Isso fez eu me sentir mais esperançosa, pois existe muito machismo [no setor moveleiro], infelizmente”, lamenta Sandra.

“Meu pai mesmo não me incentivava [por eu ser mulher e querer trabalhar como marceneira], eu só fazia alguns trabalhos com parafusadeira e algumas máquinas, mas foi pouco”, completa sobre o machismo existente no ramo.  

O que o curso de Meio Oficial de Marcenaria possibilitou? 

Sandra demonstra um sentimento de gratidão pelo Leo Social e pelo projeto da Escola da Marcenaria. “Vou levar para o resto da minha vida esses 55 dias. Falo e repito para a Verônica ‘foram os 55 dias mais mágicos da minha vida’. E isso não é piegas, é real. Serei eternamente grata”, agradece a marceneira, que se diz satisfeita por ter feito essa adaptação em sua carreira.  

Esse móvel é um dos trabalhos que Sandra realizou/Foto: Arquivo pessoal

Além disso, Sandra afirma que o curso da Escola da Marcenaria surgiu no momento que ela mais precisava “Sou grata demais por essa iniciativa do Leo Social. Se não fossem vocês, eu não teria o engajamento e conhecimento que tenho hoje. Ainda preciso me aprimorar mais, afinal sempre temos o que aprender. Atualmente estou fazendo curso Sketchup”, celebra.  

A marceneira conta ainda que realiza trabalhos para um templo budista todos os meses, além de outros trabalhos pontuais. Apesar disso, ela ainda atua em sua área de formação. “Dou aulas de pilates e ginástica. Mas minha relação com a marcenaria é de prazer, pois gosto do que faço”, revela Sandra. 

Sandra já abriu sua própria empresa, segue fazendo cursos de aperfeiçoamento no Sebrae e tem ótimas expectativas para o futuro: “Espero realmente que a minha empresa cresça, que o meu galpão esteja a todo vapor e que o meu sonho se concretize”. 

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