Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio: agir salva vidas!
O dia 10 de setembro é marcado como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. O assunto é uma questão de saúde pública e ajudar salva vidas
O dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A data foi criada em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de alertar governos e a sociedade civil para a importância de se discutir o assunto.
A cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo, de acordo com a OMS. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, que foi divulgado em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de suicídios no Brasil em 2020 foi de 12.895, 150 a mais em relação a 2019 – variação de 0,4% – quando foi registrado 12.745 casos no país.
Desde 2014, o Brasil promove a campanha Setembro Amarelo no intuito de reduzir os índices de suicídio no país. Em 2021, o tema da campanha é “Agir salva vidas”. A principal entidade à frente desta ação é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza um trabalho de prevenção ao suicídio desde 1962 e conta com a ajuda de cerca de 4 mil voluntários que trabalham atendendo mais de 10 mil ligações diárias.
Fique atento aos sinais!
O estigma e o tabu em falar sobre suicídio foi e ainda é uma das principais barreiras de detecção e prevenção. Razões morais, religiosas e culturais relacionadas ao tema ainda causam medo e vergonha de falar abertamente sobre o assunto. Isso consequentemente reduz a abertura para o diálogo e busca por ajuda. Por isso, é importante que estejamos atentos aos sinais e comportamentos de risco que alertam a possibilidade de tentativa de suicídio como:
- Sentimento de desesperança, desespero, desamparo e impulsividade, principalmente se esses sentimentos persistirem por muito tempo;
- Pessoas com sintomas depressivos;
- Problemas emocionais, rejeição familiar e abuso de substâncias, sobretudo, em jovens;
- Perda de parentes, solidão e se sentir um peso morto à família;
- Falar muito sobre sumir;
- Alterações extremas de humor como raiva, ansiedade, sentimento de vingança, culpa, vergonha e irritabilidade;
- Mudanças extremas da rotina, principalmente se a pessoa deixa de visitar locais que sempre frequentou ou abandonar atividades que lhe davam prazer;
- Fatores sociais como problemas financeiros, desemprego, morar sozinho, etc;
- Ter sofrido abuso sexual ou emocional, sobretudo, na infância; ser portador de doenças clínicas não psiquiátricas, como câncer e AIDS também são considerados fatores de risco.
Como posso (me) ajudar?
Ao identificar algum desses sinais em alguém, familiares, amigos e pessoas próximas devem estar dispostos a ouvirem, sem julgamentos, essa pessoa. A escuta e o acolhimento são fundamentais para evitar que alguém tente se suicidar.
Se alguém fala que vai se matar, não trate isso como uma brincadeira ou algo para “chama atenção”. Muitas vezes, verbalizar isso é um último sinal para pedir ajuda. Por isso, converse, toque no assunto e ajude essa pessoa a buscar por ajuda, seja com um médico, enfermeiro, psicólogo, psiquiatra, etc.
O CVV realiza apoio emocional e de prevenção ao suicídio gratuitamente para todas as pessoas que querem conversar. Você pode ligar para o número 188, conversar por e-mail ou por chat 24h todos os dias. O sigilo é garantido. Acesse o site do CVV (clique aqui).
O site Setembro Amarelo (clique aqui) também conta com diversos materiais abordando o tema e, inclusive, com telefones e contatos de profissionais de todo o país que poderão ajudar quem precisa. Basta ir na aba “Encontre ajuda” e selecionar o estado e cidade.
Você também pode consultar e baixar a Cartilha Suicídio Informando para Prevenir, disponível também no site Setembro Amarelo (clique aqui).