O que é ser Leo Social?
Confira depoimentos e histórias de alguns profissionais que atuam no Leo Social
Se você nos acompanha nas redes sociais, deve saber que o Leo Social realiza uma série de projetos como os cursos da Escola da Marcenaria, a doação de móveis do Marcenaria do Bem, além do fórum Marcenaria Viva. Mas, você conhece os nossos funcionários? Sabe como é e o que significa trabalhar no Leo Social? Chamamos alguns dos profissionais que fazem todos esses projetos acontecerem.
Kenia Malves, Coordenadora de Projetos Sociais, está no Leo Social desde 2014 e chegou aqui em um momento no qual o Leo Social estava se redescobrindo. “[O Leo Social] estava se redescobrindo, questionando suas ações, o que fazer e não fazer. E eu também estava em um momento de redescobertas na minha vida pessoal. E daí foi um encontro indescritível”, lembra Kenia sobre como foi sua chegada à organização.
“O Leo Social permite que eu trabalhe conectada com o meu propósito. É um lugar aonde eu tenho autonomia, onde o ambiente é um ambiente seguro psicologicamente, é um ambiente de colaboração. Eu tenho muito prazer de trabalhar no Leo Social. Eu me sinto respeitada. Eu me sinto realizando um trabalho digno. É como se todos os dias eu me reunisse com algumas pessoas para fazer um mundo melhor”, enaltece a coordenadora sobre sua experiência no Leo Social.
Ao longo desses sete anos trabalhando no Leo Social, Kenia lembra de um momento que a marcou. Ela conta que certa vez um aluno enviou uma foto de sua filha do exato momento de nascimento. “Ele me contou que no dia em que ficou sabendo que a esposa estava grávida, foi no dia em que veio fazer entrevista com a gente.
Ele estava muito triste e desesperado porque estava desempregado e a mulher grávida. Na entrevista em que o acolhi, o que eu disse fez com que ele tivesse esperança de que ele teria algo melhor para oferecer à filha quando ela nascesse e que o curso tinha o levado a esse lugar. Ele queria agradecer. Pra mim foi tipo a importância que nós tínhamos na vida daquela pessoa, de estar presente no nascimento da filha”, relembra contente.
Kenia ainda relata outra situação em que uma aluna ofereceu um passeio de balão em gratidão por ter conseguido sair de um momento de depressão profunda. “Ela lembrou de palavras que eu disse pra ela enquanto o curso acontecia”, explica.
“O que mais me dá orgulho no Leo Social é o compromisso que nós temos em proporcionar trabalho digno e moradia digna para as pessoas. E de ter pessoas apaixonadas na busca desse propósito. Fazer parte do Leo Social é ter a certeza de que o mundo pode ser melhor. De que eu posso fazer diferença na vida das pessoas e que o meu trabalho não é só aquilo que paga as minhas contas, mas é aquilo que gera vida. Vida para todas as pessoas que me cercam e para todas as pessoas que são atendidas”, conclui Kenia.
Há quase 11 anos no Leo Social, Aldo Oliveira também tem muita história com o Leo Social. Ele começou como Jovem Aprendiz, cuidando da parte do almoxarifado, estoque, empregabilidade e organização das marcenarias. “O Leo Social ainda estava ganhando espaço dentro da Leo Madeiras.
A gente ainda estava ‘escondido’ atrás das impressoras”, brinca. “Eu rodava as unidades. Ia ao Grajaú, Heliópolis, Vila Penteado, Brasilândia, sempre acompanhando as aulas e a questão de materiais”, explica. Após isso, Aldo passou para os cargos de Auxiliar Administrativo, Assistente Administrativo, Assistente Financeiro e hoje é Analista de Projetos Sociais.
“Trabalhar no Leo Social, pra mim, é uma experiência fantástica. Eu acabo ficando envolvido em muitas frentes e muitas áreas, e a gente acaba tendo acesso a muitas histórias, histórias de outras comunidades e outras instituições. Pra mim é um enorme aprendizado, tanto profissional quanto pessoal. Porque eu vejo que é cada vez mais difícil você ‘dividir’ o profissional do pessoal. Isso está muito entrelaçado”, afirma Aldo com orgulho.
“O que mais me orgulha no Leo Social é saber que estamos realizando sonhos, porque a marcenaria é literalmente isso: realizar sonhos. E com nossas frentes sociais a gente pode ver o sonho das pessoas… que por meio do curso elas têm a esperança e dignidade de volta e refletir isso nos móveis e projetos que elas criam para os seus futuros clientes”, exalta.
Sobre um fato marcante em sua trajetória no Leo Social, Aldo ressalta o curso de Meio Oficial de Marcenaria. Ele explica que via e ainda vê alunos do curso, que é voltado para pessoas com vulnerabilidade social, entrando desacreditados e apoiados na esperança de mudarem de vida.
“Conforme o projeto vai acontecendo nos três meses que eles ficam conosco, você vê a esperança voltando no olhar desse aluno e vê depois de um tempo – quando a gente faz a pesquisa de impacto – que o curso de alguma forma contribuiu na vida dele, no sucesso profissional e que hoje ele está bem, ganhando seu próprio dinheiro e mantendo sua família com dignidade. Isso sempre marca pra mim, essa evolução que o curso proporciona na vida dos alunos”, revela.
“Fazer parte do Leo Social é literalmente um aprendizado muito grande e uma força de vontade enorme para sempre fazer o melhor, porque o seu melhor vai refletir muito na vida dos outros. Aquele empenho ou aquele gás que você coloca reflete muito nas pessoas que estamos atendendo. Ser Leo Social é ser aquela pessoa engajada, participativa e que não tem medo do que vem pela frente”, completa Aldo sobre o que o Leo Social significa para ele.
Ex-aluna do curso de Meio Oficial de Marcenaria, Carolina Lucas hoje trabalha no Leo Social como Assistente de Comunicação e Vendas. Na época em que fez o curso conosco, Carolina estava em vulnerabilidade social. Formada em Design de Interiores, ela queria aprender mais sobre o ramo moveleiro.
“Eu fiquei sabendo que o Leo Social tinha cursos de marcenaria e curso gratuito, que eu me enquadrava nas regras. Então resolvi me inscrever, passei e comecei a fazer o curso de Meio Oficial”, relata. “No meu coração eu falava ‘nossa seria muito legal trabalhar no Leo’, mas sempre fiquei quieta na minha. Um belo dia a professora Veronica chegou e disse para mim ‘tem uma vaga que surgiu e acho que você se encaixa nesse perfil e queria que você entregasse seu currículo’. Eu fiquei com receio, mas mandei e vim fazer entrevista. Fiquei muda, calada, surda”, brinca aos risos.
“Pensei ‘eu não passei’. Mas passei para a segunda etapa e quando vi, já tinha que entregar os documentos. Pedi as contas do meu antigo serviço e comecei a trabalhar aqui. Foi tudo muito legal, muito mágico. Eu entrei no Leo Social por meio do curso de Meio Oficial, que de alguma forma mudou a minha vida”, diz emocionada.
Emoção, aliás, é uma palavra que Carolina define para as ações que participa e vivencia no Leo Social. “Tudo no Leo Social é emocionante. Todo projeto do Marcenaria do Bem que acontece é emocionante, comove e traz histórias bonitas dessas pessoas que precisam de um móvel. As ações que são legais e envolvem a criatividade como a Pixel Show e as feiras que a gente encanta outras pessoas”, elenca.
“Eu me vejo muito conectada com o Leo Social. E não é só pelas ações que o Leo Social realiza, mas também porque [o Leo] me marcou profissionalmente. Me ajudou muito a me conhecer, a descobrir que profissão que eu quero seguir. O Leo Social me marca em todos os sentidos e de todas as formas”, afirma Carolina com a voz já embargada de choro.
“O impacto [do Leo Social] na minha vida pessoal e profissional é muito grande. Eu amo o Leo Social por eu ter sido aluna e ter essa trajetória. Ajudou muito na minha vida profissional. Tenho o Leo Social como algo que eu vou levar para o resto da vida, que vou defender com unhas e dentes. Quero sempre ver o Leo Social da melhor forma possível, por acreditar no trabalho que é realizado, por acreditar que o Leo Social quer fazer o bem para essa comunidade. Esse é o jeito Leo Social de ser. Eu sou Leo Social”, enaltece Carolina.
“Aqui eu posso fazer meus trampos e ter oportunidade de me expressar, de ser quem eu sou. No Leo Social eu posso ser quem eu sou. Eu não preciso me enquadrar em um padrão de regras para ser quem eu sou e poder colocar meu trabalho em prática. É um orgulho que eu tenho, de estar numa empresa que seja aberta, que não tem preconceito, que não preciso mudar meu visual para poder trabalhar e mostrar meu potencial. Já trabalhei em vários lugares que as pessoas olham para o seu visual e acham que você não é capaz ou que você é inferior que elas. Eu tenho muito orgulho [de trabalhar aqui], de verdade”, exclama Carolina.