Anualmente é realizada em todo o mundo a campanha do Outubro Rosa, que tem como objetivo promover a conscientização e prevenção ao câncer de mama. Mas, você sabe a origem da campanha?  

O movimento do Outubro Rosa começou no início do ano de 1990, nos Estados Unidos. Naquele ano aconteceu, em Nova Iorque, um evento chamado “Corrida pela cura”. A iniciativa tinha o intuito de arrecadar fundos para pesquisa da instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation.  

A Susan G. Komen Breast Cancer Foundation foi, inclusive, a responsável por “adotar” o laço rosa como símbolo da campanha. Isto por que, a instituição distribuiu esses laços durante a primeira “Corrida pela cura”. 

Conforme o evento cresceu, outubro foi instituído como o mês de conscientização e prevenção ao câncer de mama nos Estados Unidos. O movimento se espalhou pelo mundo. 

No Brasil, a primeira ação da campanha foi feita em 2002, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, com a iluminação cor-de-rosa no Obelisco. Apesar disso, campanhas efetivas do Outubro Rosa ganharam força de verdade em 2008, com diversas cidades promovendo ações relacionadas.  

Estatísticas 

O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células anormais da mama. Essas células formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. A maioria dos casos apresentam bom prognóstico quando tratados adequadamente e em tempo.  

Em 2020, morreram 18.295 devido ao câncer de mama, sendo 18.068 mulheres e 227 homens. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 66.280 novos casos de câncer em 2021.  

A idade é um dos fatores de risco para a doença. Segundo o Inca, cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. Apesar de acometer mais em mulheres, o câncer de mama também atinge homens, que representam 1% do total de casos da doença. 

Fatores de risco  

Existem alguns fatores que aumentam o risco de adquirir a doença, como:  

• Obesidade e sobrepeso
• História familiar de câncer de ovário 
• Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos 
• História familiar de câncer de mama em homens 
• Exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raios-X, mamografia, etc) 
• Primeira menstruação antes de 12 anos 
• Primeira gravidez após os 30 anos 
• Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos 
• Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona) 

Mulheres que possuem um ou mais fatores genéticos/hereditários apresentam risco elevado de desenvolver câncer de mama. No entanto, ter a presença de um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que terá a doença.  

Sintomas e como prevenir 

O autoexame é a principal arma para prevenir o câncer de mama. A doença pode ser percebida em fases iniciais. A principal manifestação ocorre com o surgimento de nódulo (caroço) na mama. 

Outros sinais que podem ser percebidos são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no mamilo; pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.  

Ao notar esses sinais e sintomas deve-se procurar serviços de saúde para avaliação diagnóstica. É recomendado que mulheres com 50 anos ou mais sem sinais e sintomas de câncer de mama façam exame de mamografia a cada dois anos.  

Além disso, a detecção precoce do câncer de mama é fundamental. Encontrar o câncer no início permite um tratamento menos agressivo. Além disso, o SUS oferece exame de mamografia para todas as idades, conforme indicação médica. 

Durante o mês de outubro são realizadas diversas ações de exames de mamografia, distribuição de cartilhas, etc, por cidades do país. Procure os canais oficiais da sua cidade e se informe. Outra fonte segura sobre o assunto é o site do Inca. Acesse www.inca.gov.br